Metalúrgicos protestam contra leilões do petróleo

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo realizou na manhã desta segunda (21/10), uma manifestação contra o leilão da exploração do petróleo do campo de Libra e o início da entrega deste patrimônio nacional a grupos estrangeiros.
A manifestação, realizada na Mooca, zona leste, reuniu cerca de 1.700 e foi também  de apoio aos petroleiros, que estão em greve em protesto ao leilão e pelo aumento salarial da categoria.

O presidente do Sindicato, Miguel Torres, afirmou que o governo está fazendo o leilão de Libra “sem uma discussão profunda e necessária com a sociedade e os trabalhadores. Protestamos contra o leilão e a forma como foi definido. O leilão é precipitado, o governo deveria, com esta riqueza, beneficiar a indústria nacional e os empregos e não temos nenhuma garantia sobre essas questões”, disse.

Miguel Torres também criticou o aparato utilizado para impedir as manifestações. “O Exército, que deveria defender a riqueza nacional, está sendo usado contra a população”, disse.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, disse que é importante debater a questão e o que isso representa para o nosso país. “A Petrobras descobriu um lençol gigante de petróleo e conseguimos chegar a ele graças ao desenvolvimento de desta empresa nacional. A Petrobras desenvolveu a tecnologia de tirar petróleo do mar, o que se busca agora, com Libra, é a possibilidade de atrair capital internacional para, junto com a Petrobras, explorar o nosso petróleo”, disse.

O secretário-geral, Arakém, disse que o nosso país é muito rico, mas cada governo que passa não toma conta da nossa riqueza. “Hoje, no Rio, o Exército que deveria proteger nossa riqueza está fazendo o contrário. A presidente Dilma assumiu compromisso com os trabalhadores antes de ser eleita, e depois esqueceu o compromisso”, disse.

Campanha Salarial
Durante o ato, o presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres, convocou os trabalhadores metalúrgicos para a assembleia decisiva da Campanha Salarial 2013, no próximo dia 27 (domingo), às 9h, na sede do Sindicato, na rua Galvão Bueno, 792, Liberdade.

“Estamos perto da data –base – 1º de novembro – e o patronato não se dispôs a negociar as cláusulas econômicas. Se até o dia 27 não tivermos uma proposta satisfatória, que reponha a inflação, garanta aumento real, percentual maior para as horas extras e benefícios vamos decidir sobre a greve e a forma como vamos deflagrar a paralisação”, disse Miguel Torres.

A mobilização desta segunda-feira na praça Lorenzetti foi organizada com apoio dos diretores Adriano Lateri, Ninja, Maurício Forte, Bombeirinho.

Fotos: Jaélcio Santana e Paulo Segura


Miguel Torres, presidente do Sindicato, liderando o protesto da categoria


Miguel Torres (presidente do Sindicato e da CNTM), Juruna (secretário-geral da Força
Sindical) e Arakém (secretário-geral do Sindicato)


Arakém, secretário-geral do Sindicato

 


Diretor Adriano Lateri


Diretor Maurício Forte


Diretor Celso Bombeirinho


Diretor Ninja


Categoria atenta aos argumentos do Sindicato em defesa do patrimônio do Brasil


Ação também foi de apoio aos petroleiros em greve


Diretores Josias, Roberto Sargento e Curió e assessores apoiam protesto


Diretor Juruna, secretário-geral da Força Sindical