A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promoveu nesta segunda, 8 de agosto de 2022, no Senado Federal, sala 6 da ala Nilo Coelho, uma audiência pública interativa para debater o impacto da reforma trabalhista de 2017 no cotidiano de trabalhadores de fast food.
Participaram senadores, dirigentes sindicais, representantes da Justiça do Trabalho, advogados, trabalhadores e especialistas do mundo do trabalho.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, foi um dos sindicalistas participantes, destacou o debate como essencial, especialmente em um momento tão difícil para os trabalhadores do setor que sofrem com ataques, praticamente diários, aos seus direitos, e que os ataques ao movimento sindical visam enfraquecer a luta dos trabalhadores organizados.
Para ele só com a unidade dos trabalhadores do setor (que em sua maioria estão no primeiro emprego) e o apoio de sindicatos fortes e estruturados será possível enfrentar os impactos negativos que vieram com a reforma trabalhista.
“Depois que esta reforma foi aprovada, as negociações coletivas ficaram mais enfraquecidas, dificultando a garantia de direitos e condições dignas de trabalho para esta categoria dos trabalhadores do setor de fast food e para todas as demais categorias”, afirmou Miguel Torres.
Os debates também foram sobre as lutas contra os assédios sexual e moral e a discriminação racial e de gênero contra os trabalhadores e trabalhadoras do setor, principalmente mulheres, negros e pessoas do segmento LGBTQIA+.
