Mais de 200 militantes de movimentos populares, centrais sindicais, entidades estudantis e organizações sociais reuniram-se em Praia Grande (SP), na sede do Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo, para participar do Curso Nacional de Multiplicadores do Plebiscito Popular por um Brasil mais Justo.
O plebiscito é uma iniciativa política de escuta da população brasileira sobre pautas centrais, como a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salários — incluindo o fim da escala 6×1 —, a taxação dos super-ricos e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
Segundo Igor Felippe Santos, integrante da coordenação nacional do Plebiscito Popular, essa é uma ferramenta de unidade de ação da esquerda brasileira.
“Precisamos avançar na organização popular e reconectar nossas organizações com o povo brasileiro”, afirma.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, é importante o movimento sindical participar destas iniciativas e ocupar o espaço.
“As centrais sindicais participam deste plebiscito através dos sindicatos em cada município. É uma forma de pressionar o Congresso por direitos trabalhistas e sociais”, disse.
Participaram também da atividade representantes da CUT, CTB e Intersindical.
Formar ativistas
O curso, que se estendeu até domingo (1º), teve como objetivo formar ativistas aptos a organizar o Plebiscito em todo o País, fortalecendo sua base e promovendo o debate público sobre temas fundamentais para a vida dos brasileiros.
Com início na última quinta-feira (29/05), a programação incluiu palestras e oficinas sobre o sistema tributário nacional e a trajetória histórica da luta pela redução da jornada de trabalho. Também foram apresentados orientações práticas para a organização do plebiscito, com foco na criação de comitês municipais e estaduais para a coleta de votos.
Nas próximas semanas, o curso de multiplicadores dará origem a atividades de lançamento do Plebiscito Popular em diversos estados, com a realização de cursos regionais e mutirões de agitação e mobilização em todo o Brasil.
Pressionar pela adoção das propostas
A coleta de votos ocorrerá entre os dias 1º de julho e 7 de setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil.
Os resultados serão entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta, ao presidente do Senado Davi Alcolumbre e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, como forma de pressionar a adoção das propostas apresentadas pelo plebiscito.
Fotos: Jaélcio Santana