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Ministro do Esporte visita Força Sindical e fala sobre a Copa

Jaelcio Santana

Ministro Aldo falou sobre a Copa do Mundo para sindicalistas da Força

O ministro Aldo Rebelo, do Esporte, falou, em palestra realizada no dia 14, na sede da Força Sindical, sobre a Copa do Mundo, destacando ser este um evento que todos querem para suas nações pelas consequências positivas que geram para a imagem do país, para a economia – incluindo os empregos – e para a população em geral, como as obras de mobilidade urbana. “Acho que vamos organizar uma grande festa, o maior evento do planeta”, ressaltou.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, disse que “a Central não é contra a Copa, e a maioria dos Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do País têm participado da construção dos estádios. O que nos preocupa é o custo que isso tem”.

Paulo Pereira da Silva, presidente licenciado da Força Sindical, ressaltou a importância da Copa, “mas com muita preocupação com os acidentes e mortes de trabalhadores nas obras que serão utilizadas durante o evento”. A coordenação da palestra do ministro foi feita pelo secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves Juruna.

“Um evento como a Copa do Mundo traz muitos desafios para os trabalhadores, governo e empresários. Cobrar medidas que beneficiem os trabalhadores e evitem prejuízos, como a Medida Provisória (MP) que o governo queria editar sobre o trabalho temporário de 14 dias, é fundamental”, declarou Melquíades de Araújo, 1º vice-presidente da Força Sindical.

Cobranças
A sindicalista Nair Goulart, presidente da Força Sindical-BA, cobrou do ministro Aldo Rebelo, do Esporte, providências do governo sobre os acidentes e mortes ocorridos nas obras da Copa do Mundo e sobre mobilidade urbana, como no caso do Itaquerão – em São Paulo –, e em Manaus. A reivindicação da dirigente sindical é para que “o governo adote medidas enérgicas contra os acidentes”.

Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP, afirmou que as Centrais são contra a Medida Provisória (MP) que dispõe sobre o contrato temporário de 14 dias de trabalho. Segundo ele, na reunião do Conselho de Relações do Trabalho, em Brasília, realizada na terça-feira passada, ficou decidido que a MP seja transformada em emenda na Lei Geral da Copa, para valorizar as negociações específicas das categorias que terão relações mais diretas com o evento, como hoteleiros.

Sergio Marques, presidente do Sindicato dos Têxteis de São Paulo, disse ao ministro que as bandeiras e os mascotes da Copa estão sendo fabricados na China. Com esta medida, deixa de gerar empregos no Brasil. Já Joaquim José da Silva, Filho, secretário-geral do Sindsaúde-SP, disse que o governo deveria ter, com a saúde, a mesma preocupação que demonstra com a Copa. E, Francisco Dal Prá, presidente da Força Sindical-RJ, criticou as ações do governo e questionou sobre onde está o esforço governamental no transporte, saúde e educação.

Maria Auxiliadora dos Santos, secretária nacional da Mulher da Central, e a 2ª secretária da entidade, Valclécia Trindade, cobraram ações do governo para coibir os abusos sexuais contra mulheres e crianças, e contra o trabalho infantil na Copa.

O ministro ressaltou os pontos positivos da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. “Se tirássemos a Copa do Mundo do Brasil, os problemas seriam resolvidos? A campanha contra os abusos sexuais vale só para a Copa? E para o antes eo  depois? Isso tem de existir sempre”, observou.
Quanto às obras de mobilidade urbana, o ministro Rebelo disse que aquelas que não ficarem prontas para a Copa serão concluídas após o evento.