Ao dizer no Fórum Econômico Mundial de Davos, Suíça, que a pobreza é “a maior inimiga do meio ambiente” e que os pobres destroem o meio ambiente porque “estão com fome”, o ministro da economia Paulo Guedes reforça a posição do governo brasileiro favorável aos latifundiários, grileiros e garimpeiros, em detrimento da maioria do povo, do desenvolvimento sustentável do País e das políticas públicas de proteção, fiscalização, preservação e educação ambiental.
Este postura destrutiva, como tem sido o padrão deste governo bolsonarista, piora ainda mais a imagem do Brasil no exterior. Entidades ambientalistas do muito inteiro criticaram a posição do ministro, inclusive o ativista ambiental Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA. Uma vergonha!
Os brasileiros conscientes sabem que as mudanças climáticas não são falsos alarmes e que os problemas da destruição ambiental no Brasil, incluindo queimadas, desmatamento, poluição e crimes são causados por gente ambiciosa, sem nenhuma sensibilidade social, sem responsabilidade com o futuro, que vivem de explorar de forma predatória a natureza. Livres, aliás, para agir com a conivência e o incentivo de um governo intencionalmente despreparado para lidar com a questão.
Lutamos sim para que todos tenham um trabalho decente e o País se desenvolva economicamente, mas de forma sustentável, equilibrada, socialmente justa, de forma pacífica e plural, com respeito aos povos indígenas, às diversidades de culturas e comunidades, aos ambientalistas, aos agricultores alternativos e familiares e aos recursos naturais.
*Miguel Torres*
presidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM