Mobilização para atos contra desindustrialização


Tiago Santana

Sindicalistas e empresários na mesa de organização do movimento

Entidades de trabalhadores e do setor produtivo empresarial voltaram a se reunir nesta segunda-feira (12), em São Paulo, para discutir os detalhes do grande ATO CONTRA A DESINDUSTRIALIZAÇÃO E PELO EMPREGO, no dia 4 de abril, em São Paulo.

A manifestação deve reunir aproximadamente 100 mil pessoas.

Tiago Santana

Paulinho da Força

Até esta data serão realizados atos no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina e, no dia 27 de março, será lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

“Estaremos todos lá porque neste dia deverá ser votado o projeto de resolução nº 72, do Senado, que acaba com a guerra dos portos”, disse Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical e deputado federal (PDT-SP).

O encontro de hoje reuniu sindicalistas e representantes do setor produtivo de diferentes setores da indústria, entre eles, metalúrgico, têxtil, alimentação, borracha e brinquedos, construção civil, químicos, para acertar os detalhes da mobilização contra a desindustrialização.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, citou alguns problemas que contribuem para a perda de competitividade da indústria: câmbio alto, preço da energia e as importações que concorrem com os produtos nacionais de forma desigual. “O Brasil está vivendo um processo de desindustrialização. O governo precisa tomar medidas urgentes para reverter essa situação. Precisamos de uma ruptura com o atual modelo de gestão econômica. mais do mesmo não vai resolver”, afirmou Skaf.

Dirigentes sindicais e empresários vão se reunir com o governador Geraldo Alckmin, com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e com o presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, para acertar detalhes operacionais para o ato do dia 4, que será realizado no estacionamento da Assembleia Legislativa, na capital paulista.

Paulo Segura

Miguel Torres

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), disse que a reunião foi importante para acertar as ações e o anúncio da Frente Parlamentar.

Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq (Associação Brasiléia da Indústria de Máquinas), ressaltou a importância da união de grande número de entidades e disse que o Brasil gastar R$ 350 bilhões de juros este ano, incluindo cartões de crédito, financiamentos etc. Vai tudo para os bancos”.

O deputado federal Newton Lima (PT-SP), presente ao encontro, disse que a Frente Parlamentar terá cerca de 300 deputados e que a maioria deverá participar da manifestação do dia 4 de abril, em São Paulo. “Precisamos resolver a questão do câmbio com urgência e definir medidas de médio e longo prazos”, disse.


Participaram da reunião representantes das seguintes entidades:

Centrais – Força Sindical, UGT, CGTB, CTB, Nova Central Sindical

Empresarial-
Fiesp (Federação das Indústrias), Abimaq e Sindimaq (máquinas e equipamentos), Abinee (eletroeletrônico), Sinditextil e Abit, Abrinq (brinquedos), Sicetel (trefilação e laminação de metais), Simefre (material ferroviário), Ciesp (Centro das Indústrias), Sindmúsica, Abifa (fundição), Sinafer (artefato de ferro),

Sindicatos e federações de trabalhadores
– metalúrgicos de SP, do ABC, de São Caetano, Santo André, construção civil, químicos, têxteis, vestuário, telefônicos, alimentação. brinquedos, vigilantes, transporte, eletricitários, Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)
UNE (União Nacional dos Estudantes)

Tiago Santana

Bira (CGTB), Luiz Aubert (Abimaq), Paulo Skaf (Fiesp), Paulinho da Força,
deputado Newton Lima, Miguel Torres, Wagner Gomes (CTB)

Clique na imagem abaixo para acessar o manifesto das entidades: