Com a nova rodada de negociações das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas que começou na segunda-feira em Varsóvia (Polônia), o movimento sindical tem expressado suas inquietudes em relação as repercussões de um acordo pouco ambicioso sobre mudança climática implicaria para o emprego em escala mundial.
Sindicalistas brasileiros participam do debate em Varsóvia. Pela Força Sindical, está Lélio Luzardi Falcão, secretário do Meio Ambiente da Central no Rio Grande do Sul.
No dia 18, Falcão participou de reuniao da CSI de nivelamento, no local da COP 19 (Conferência do Clima de Varsóvia) – Estadio Noroday. Em seguida, ele participou de seminário sobre Trabalho Decente, Empregos Verdes e Juventude.´
“As 13h”, diz Falcão,” participamos de encontro com Movimentos Sociais do Peru, preocupados com a organizção e mobilização para a COP 20, que ocorrerá no final de novembro de 2014 em Lima, no Peru”.
“Às 17h, tratamos de uma reuniao com o Embaixador Jose Antonio Marcondes de Carvalho, do MRE (Itamaraty), onde juntamente com a UGT e outras representações latinoamericanas, além da CSA (Daniel Angelim) e CSI (Anabella Rosemberg)”, informou.
Confederação Sindical Internacional
“A ciencia nos informa que, a não ser que consigamos manter o aumento da temperatura abaixo do 2ºC, todos os setores da economia sofrerão fortes repercussões em decorrência da mudança do clima”, disse Sharan Burrow, secretaria-geral da Confederação Sindical Internacional.
Segundo ele, “os governos dispõem de uma pequena oportunidade para demonstrar que têm uma visão de futuro para os trabalhadores e seus filhos. O tempo para uma transição pacífica e justa até a sustentabilidade está começando a esgotar-se”, ressaltou.
Burrow criticou o governo polonês, anfitrião das negociações, por não demonstrar sua liderança para reduzir as emissões de carbono, e organizar uma conferência sobre “carbono e mudança do clima” no começo das negociações da ONU.
“A Polônia não somente se mostra contra no que se refere ao clima como parece estar tratando por todos os meios de frear qualquer progresso a respeito e colocar-se ao lado do poderoso clube de carbono integrado por céticos em relação a mudança do clima, a custa de empregos limpos e do futuro do planeta”, disse.
As negociações da ONU começam em um contexto de crescente instabilidade, desemprego e mal-estar social em todo mundo. Necessitamos mais do que nunca de uma liderança sólida para demonstrar que existe um modelo econômico alternativo que pode proporcionar vida digna a todas as pessoas e um marco da capacidade de regeneração do planeta.
“Queremos que os empregos do futuro sejam criados agora, por meio da inversão das energias renováveis, transporte público, e reabilitação de edifícios, para citar alguns exemplo”, afirmou Burrow. “É preciso que as medidas para que todos os setores se tornem mais verdes para proporcionar aos trabalhadores e as trabalhadoras empregos alternativos de boa qualidade e para apoiar as comunidades e diversificar suas economias, sejam imediatas. A menos que os governos transmitam durante as negociações, um sinal claro de que o clima é essencial para desenvolver suas economías, todas essas políticas seguirão sendo apenas um sonho…
Fonte: Site CSI e assessoria de imprensa da Força Sindical