Apesar da queda na taxa pelo 7º ano seguido, elas ainda são 7 em cada 10 desocupados
O avanço na criação de empregos formais não foi suficiente para absorver o contingente de desempregados em São Paulo, em especial as mulheres que ainda respondem pela maioria dos desocupados.
Essa é a conclusão do estudo divulgado nesta terça-feira (2) pela Fundação Seade/Dieese que aponta que no ano passado 733 mil mulheres estavam desocupadas enquanto os homens eram 540 mil.
Apesar do resultado desfavorável, houve uma diminuição na taxa de desemprego feminino, pelo sétimo ano consecutivo, que passou de 16,2% para 14,7%, entre 2009 e 2010.
Por outro lado, a taxa de participação feminina (proporção de mulheres com dez anos de idade e mais na situação de ocupadas ou desempregadas) aumentou de 55,9%, para 56,2%, entre 2009 e 2010. Para os homens, a queda na taxa foi ainda mais expressiva, tendo passado de 11,6% para 9,5% no mesmo período.
Em números, isso significa que houve uma redução de 64 mil mulheres sem ocupação, enquanto os homens a diminuição do total de desempregados foi de 113 mil.
Isso significa dizer que apesar delas responderem pela maioria dos desocupados, mais mulheres do que homens entraram no mercado de trabalho neste período.
Para os homens, essa taxa ficou praticamente estável, ao passar de 71,5%, para 71,6%, nesse período, mantendo-se entre as menores da série, devido à tendência de declínio observada ao longo dos anos.
O aumento da participação das mulheres foi acompanhado por redução da taxa de desemprego e aumento do nível ocupacional na indústria, no comércio e nos serviços.
Apenas os serviços domésticos reduziram seu nível ocupacional. Para os homens também houve expansão do número de ocupados, principalmente na indústria, nos serviços e na construção civil.