Mulheres ainda têm menor inserção no mercado de trabalho

Embora sejam a maioria da população brasileira, as mulheres continuam apresentando a menor taxa de inserção no mercado de trabalho. Do total de pessoas ocupadas, 42,6% são mulheres, segundo dados da Pnad 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A participação da mulher no mercado de trabalho continuou praticamente a mesma: em 2008 era de 42,4% do total de empregados.

Entre as mulheres economicamente ativas, 11,1% estavam desempregadas em 2009, enquanto entre os homens, essa proporção era de 6,2%.

Entre as 39,5 milhões de mulheres ocupadas em 2009, 17% eram trabalhadoras domésticas -embora o desemprego no segmento tenha crescido em 2009, carteira assinada aumentou. Trabalhadoras nas áreas de educação, saúde e serviços sociais representam 16,7%.

A pesquisa aponta que as mulheres inseridas no mercado são mais instruídas que os homens: elas têm em média 8,7 anos de estudo, um ano a mais que os homens.
 
Segundo a reportagem da Folha, a Pnad confirmou uma tendência histórica: as mulheres que trabalham ainda são as responsáveis pelos afazeres domésticos: do total das empregadas, 90% também se preocupam com a casa, enquanto entre os homens essa proporção é bem menor, de 49,7%.