As mulheres das centrais sindicais – Força Sindical, CGTB, CTB, Nova Central e UGT – se manifestaram a favor da unicidade sindical. “Este posicionamento é importante porque todas conquistas que nós mulheres tivemos até hoje foram com este modelo de estrutura sindical”, disse Maria Auxiliadora dos Santos, secretária nacional de Políticas para Mulheres da Força Sindical.
Eis a íntegra do documento divulgado pelas trabalhadoras:
MOÇÃO DE APOIO A UNICIDADE SINDICAL
A CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT, através do Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, reunidas com cerca de 200 pessoas na manifestação pública no dia 29 de março, no auditório Petrônio Portela do Senado, em Brasília, vem a publico manifestar seu apoio a luta pela manutenção do artigo 8º da Constituição Federal, que dentre outros pontos importantes, garante a unicidade e a contribuição sindical.
Entendemos que as entidades sindicais são instrumentos de ação e luta na defesa dos direitos da classe trabalhadora e tem por objetivo dirimir demandas individuais e coletivas, seja salarial, trabalhista, social ou político, para tanto, deve ser forte e coeso. A divisão dos trabalhadores e pulverização de sindicatos enfraquece a organização e fortalece os patrões.
É através da unidade com liberdade e autonomia que a UNICIDADE SINDICAL garante a todas as correntes e lideranças políticas, a liberdade de organização nos locais de trabalho, liberdade para participar dos sindicatos, autonomia frente aos patrões, ao governo e aos Partidos Políticos, colocando assim um freio na fragmentação dos sindicatos, garantindo um único sindicato na mesma base territorial.
A história comprova que, a Unicidade Sindical possibilitou aos trabalhadores e as trabalhadoras brasileiros(as) grandes conquistas, fortaleceu a credibilidade e o poder de articulação dos trabalhadores e das trabalhadoras junto aos patrões e à sociedade, constituindo-se num movimento sindical autônomo e livre.
A exemplo, da luta contra a ditadura militar, participação na campanha das Diretas Já, do impeachment de Fernando Collor de Mello, em que rompemos e superamos os limites da legislação autoritária e hoje comemoramos o reconhecimento das centrais sindicais.
O desafio de um sindicalismo classista sintonizado com o futuro e engajado na defesa dos direitos coletivos de toda classe trabalhadora tem que ter clareza e entender que não se constrói a luta pelo isolamento, pela divisão, mas sim pelo fortalecimento das organizações sindicais.
Somente a unicidade sindical assegura a unidade dos trabalhadores e trabalhadoras em suas lutas e em defesa dos interesses da classe como toda.
FÓRUM NACIONAL DE MULHERES TRABALHADORAS DAS CENTRAIS SINDICAIS