Na Venezuela, presidentes da Força Sindical e da CUT retribuem solidariedade dos trabalhadores ao Brasil

Os presidentes da Força Sindical, Miguel Torres, e da CUT, Sérgio Nobre, o secretário de Relações Exteriores da CUT, Antonio Lisboa, e presidente da CUT-Rio, Sandro Cezar, estão na Venezuela desde o dia 2 de novembro de 2021.

O principal objetivo da visita, que termina no sábado, 6, é retribuir a solidariedade dos trabalhadores venezuelanos ao povo brasileiro durante a pandemia. O governo venezuelano de Nicolás Maduro doou em janeiro deste ano 130 mil litros de oxigênio hospitalar para Manaus (AM), onde pacientes internados com covid morriam por asfixia.

Vale lembrar que o governo brasileiro não reconhece o presidente Nicolás Maduro, retirou equipe diplomática daquele país e nunca agradeceu a doação de oxigênio feita pela Venezuela.

Miguel Torres

Miguel Torres disse que este gesto humanitário da Venezuela não tem preço. “Agradecemos do fundo do coração, com uma gratidão eterna”. Também falou sobre a união dos povos e da relevância do movimento sindical unificado no Brasil e em todo o mundo na defesa da democracia e do trabalho decente, na luta pelo desenvolvimento e no combate às injustiças. Veja na live com o presidente do Instituto Simón Bolívar:

Além de encontros com lideranças sindicais, sociais e políticas do país, estão previstos um encontro com o presidente Nicolás Maduro e uma visita à usina Sidor, que produziu o oxigênio hospitalar doado ao Brasil em janeiro deste ano. A usina fica em Orinoco, a 320 quilômetros da capital Caracas.

A comitiva brasileira foi recebida por Alberto Castellar, embaixador da Venezuela no Brasil, Rander Peña, vice-ministro para América Latina da Chanceleria venezuelana, e Carlos Ron, vice-ministro e presidente do Instituto Simón Bolívar, e teve encontro com o Ministro do Trabalho da Venezuela, José Ramon Rivero.

O chanceler Rander Peña se disse honrado e agradeceu a presença dos sindicalistas brasileiros ao afirmar que “a vinda destas importantes representações sindicais do Brasil à Venezuela nada mais é do que o interesse mútuo, a expressão genuína de nossos povos de se abraçarem como sempre deveria ter sido e jamais deveria ter sido interrompido”.

“Nosso principal interesse [ao doar o oxigênio] era salvaguardar vidas de brasileiros, porque nossa vontade infinita é sempre poder expressar ao povo do Brasil nosso carinho e respeito sincero. Para o povo venezuelano, para o presidente Nicolás Maduro e para a Revolução Bolivariana, é importante a vida de cada homem e cada mulher latino-americano”, disse Rander Peña.

Confira no vídeo abaixo:

Fonte: jornalista Vanilda Oliveira – www.cut.org.br