RIO – A entrada de setores de peso da economia nas negociações salariais e a perspectiva de melhora da atividade fazem com que o segundo semestre deva apresentar melhores reajustes de salário aos trabalhadores. Essa é a perspectiva do Dieese, que apresentou nesta quinta-feira balanço sobre o tema.
Para José Silvestre, coordenador de relações sindicais do órgão, no segundo semestre, ocorrem os reajustes salariais em petróleo, metalurgia, química e bancos, setores definidos como de ponta por ele e, por isso, com maior espaço para reajustes maiores. Fatores conjunturais também devem contribuir para um segundo semestre com negociações mais favoráveis aos trabalhadores.
“O ano já está mais definido em termos de crescimento e a inflação tende a ser mais baixa em relação ao primeiro semestre. A indústria produz mais para fazer estoque para as vendas de fim de ano, o que também influencia no nível dos reajustes. No segundo semestre, normalmente, os resultados das negociações são melhores”, afirmou Silvestre.
Fatores circunstanciais devem ser levados em conta ainda. A desvalorização cambial, que eleva a competitividade da indústria, foi citada pelo coordenador como um fator positivo, além de uma perspectiva de crescimento maior da atividade do que no primeiro semestre.
“Ainda que não haja uma melhora muito grande em relação ao primeiro semestre, a expectativa é de um segundo semestre melhor”, disse Silvestre.
(Rodrigo Pedroso)