“O Copom olha para a crise mundial e associa a situação de risco como alimentadora da inflação, mas não olha para os juros baixos praticados lá fora, inclusive pelos países em crise, na hora de decidir a Selic.

A redução de meio ponto na taxa é positiva, mas muito pequena, reflexo da falta de confiança dos membros do Copom na decisão. O Brasil carece de decisões mais ousadas para acelerar o seu crescimento.

Depois de tanta mobilização da sociedade, principalmente do movimento sindical, de medidas tomadas pelo governo em defesa da indústria nacional, dos empregos e da renda, parte do governo ainda tenta segurar a queda dos juros e limitar o crédito, continuando, assim, favorecendo o capital especulativo e o sistema financeiro e freando os investimentos.

O movimento sindical vai continuar pressionando até a taxa chegar a níveis civilizados”.

Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metaláurgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes