São Paulo, 28 de abril de 2016
Ideias de um típico “Professor Pardal”
Causou-nos estranheza a informação publicada hoje (28 de abril) no jornal O Globo informando medíocres e rudimentares propostas apresentadas pelo clone de político, Roberto Brant.
O ex-deputado Brant, demonstrando desconhecer a política de valorização do salário mínimo, propõe mudar o reajuste do piso nacional. Vale a pena explicar ao desavisado Brant que na atual realidade não haverá aumento real para os trabalhadores da ativa e para os aposentados que ganham salário mínimo. Isto porque o reajuste depende do aumento do PIB de dois anos anteriores, e como o PIB de 2016 e 2017 serão negativos, não haverá aumento real nos próximos anos.
Outro absurdo refere-se à proposta de idade mínima na Previdência. Ideia que podemos classificar como típica de um “Professor Pardal”. É bom lembrar que o governo Dilma já chegou ao absurdo de colocar lei para praticamente impedir a aposentadoria. Isto porque começou a fórmula 90/100 – para mulheres e homens, com a soma da contribuição entre idade e tempo de trabalho. Esta fórmula torna praticamente impossível a aposentadoria para as pessoas com menos 65 anos.
Queremos lembrar que Roberto Brant não tem legitimidade para propor sobre temas relativos ao mundo do trabalho. Isto mostra que se trata de um palpite infeliz, que nada tem a contribuir nem para a sociedade nem para a governabilidade. Brant demonstra que virou um palpiteiro de plantão e que está atrapalhando o início do governo Temer.
Brant, vale lembrar, não teve e não tem participação ativa em negociações envolvendo as demandas trabalhistas. Além disto, Brant foi omisso no atual processo político, e não teve nenhuma atuação no Congresso ao lado da oposição, não obtendo um único voto pelo impeachment.
Acreditamos que o atual vice-presidente, Michel Temer, tem toda a força para articular um governo de coalizão, e acreditamos que seguirá os caminhos acordados com os trabalhadores e com as Centrais Sindicais nas reuniões realizadas nos últimos dias, de manutenção de direitos e articulação pelo crescimento do País e pela geração de empregos.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical