O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes critica a postura dos bancos de restrição ao crédito aos consumidores e pequenos empresários, sobretudo no financiamento de automóveis e prazos de financiamento, com consequências negativas para a economia que levam ao estoque alto de produtos, sobretudo nas montadoras, retração da produção e ameaça aos empregos.
Em São Paulo, empresas do setor metalúrgico, sobretudo autopeças, estão com a produção em baixa e adotando medidas, como suspensão de trabalho aos sábados, folgas alternadas aos funcionários, na tentativa de superar as dificuldades.
Os bancos sempre praticaram livremente taxas abusivas e spreads injustos, visando aumentar seus lucros cada vez mais, e, neste momento em que são cobrados a reduzir os juros adotam medidas que vão na contramão de objetivos comuns dos demais segmentos da sociedade, que vêm deixando suas diferenças de lado e atuando juntos para a retomada do crescimento com mais empregos e distribuição de renda.
Entendemos que os mecanismos para filtrar os riscos são importantes, mas não podem ser pretexto pra travar o crédito. O custo dessa medida vai gerar desemprego.
Não vamos aceitar mais retrocessos no crescimento que tanto lutamos para alcançar. Apoiamos as medidas adotadas pelo governo federal para alavancar a economia e cobramos o fim das restrições ao crédito, mais corte nos juros e ampliação dos prazos de financiamento.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical