700 mil trabalhadores participam do 1º de Maio da Força Sindical

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O ato político do 1º de Maio da Força Sindical, que este ano está celebrando 20 anos de realização da festa do trabalhador, foi marcado por críticas e protestos contra as reformas do governo, que visam tirar direitos, pela expressiva presença de mais e 700 mil trabalhadores e população.

maiomiguelfala.“Estamos sendo perseguidos pelo governo, um governo que prometeu desenvolvimento, mas aumentou o desemprego, que prometeu ser democrático, mas está tirando direitos”, afirmou Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM.

Trabalhadores de todas as categorias, que participam da comemoração do 1º de Maio da Força Sindical, disseram NÃO às reformas trabalhista e previdenciária do governo e aprovaram fazer nova greve se o governo não negociar mudanças nos projetos com as centrais sindicais. A proposta de uma nova greve foi feita pelo presidente da Força Sindical, deputado federal Paulinho, e aprovada pelos trabalhadores e trabalhadores e dirigentes sindicais presentes no evento.

maiopaulinho“As reformas são injustas. O Brasil passa por uma grave crise e a elite brasileira cismou que os trabalhadores têm que pagar as reformas sozinhos. Vamos, a partir de amanhã, no Senado, para discutir com os senadores para mudar a reforma trabalhista, e vamos para a Câmara e ao governo. Se o governo não abrir negociação vamos parar o Brasil novamente”, disse Paulinho, depois de afirmar que mais de 40 milhões de trabalhadores pararam no dia 28 de abril em todo o País contra as reformas.

Miguel Torres lembrou que há cem anos, os trabalhadores brasileiros fizeram a primeira grande greve contra a exploração do trabalho e, de lá para cá, a classe trabalhadora foi acumulando conquistas, sempre com luta e sacrifícios. “Em 1943, conquistamos a CLT; em 1983, com outra grande greve, conquistamos o 13º salário. Em 1988 ampliamos nossos direitos na Constituição. Não podemos admitir que com uma canetada agora tirem tudo o que foi conquistado com tanta luta. Não vamos aceitar nenhuma reforma que tire direitos”, afirmou.

Juruna, secretário-geral da Força Sindical, leu um documento unitário assinado pelas centrais sindicais, no qual as entidades ressaltam a importância do ato realizado no dia 28 de abril que “entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse NÃO à PEC 287, que destrói o direito à aposentadoria, NÃO ao PL 6787, que rasga a CLT e NÃO à lei 4302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa.”

A diretora financeira do Sindicato dos Metalúrgicos, Elza Costa, disse que “estamos aqui para festejar o dia do trabalho, mas também para refletir e dizer que não aceitaremos que tirem nossos direitos”.

A festa continua com shows de artistas da música popular brasileira e o sorteio de 19 carros HB20 zero km da Hyundai.

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