O Sindicato realizou, no dia 8, uma reunião com ex-trabalhadores da fabricante de elevadores Atlas Schindler para que eles pudessem decidir sobre o valor da indenização proposto pela empresa, para acerto de processo trabalhista.
Há 23 anos, um grupo de 164 funcionários entrou com uma Ação Coletiva na Justiça reivindicando adicional de periculosidade por operarem em sistema elétrico de potência – tensão de 220 a 440 volts. O processo vem tramitando todo esse tempo e ainda não foi concluído, mas a empresa está propondo um acerto.
A reunião contou com a participação do presidente do Sindicato, Miguel Torres, do secretário-geral, Arakém, da diretora financeira, Elza Costa, da advogada do Sindicato, Liliam Pascini e de um representante da empresa.
Cerca de 83 interessados compareceram para obter esclarecimentos. No dia da assembleia, muitos dos presentes concordaram com os valores propostos pela empresa e retiraram seus cheques. Depois deste dia, outros 11 assinaram documento concordando com o pagamento. Muitos, porém, preferiram avaliar melhor a propôs. Eles têm prazo até julho para decidir.
“Este acordo é uma possibilidade dos trabalhadores receberem algum valor. Infelizmente, estamos passando por uma crise pesada, que afeta mais os trabalhadores e o acordo pode ajudar quem está precisando”, disse Miguel Torres.
A advogada Liliam explicou que mesmo com a adesão ao acordo o processo continuará para aqueles que não aceitarem o valor oferecido pela empresa. “A decisão é de cada um”, afirmou o secretário-geral.
Paralelamente a este processo, dois funcionários que abriram ação individual foram contemplados com o adicional.
O Sindicato também luta para que ex-empregados que não lidavam diretamente com alta tensão, mas que estavam envolvidos no trabalho, também sejam reconhecidos no processo.
A diretora Elza disse que 23 anos é muito tempo de espera, mas a Justiça é morosa.