O Sindicato começou a Semana de Luta pelo Emprego e Contra Demissões com uma manifestação em Mogi das Cruzes, que reuniu cerca de 1.300 trabalhadores de várias empresas. Os diretores e assessores foram cedo para as portas das fábricas convocar os trabalhadores para o ato, realizado na Vila Industrial, em frente à Engesig.
O presidente do Sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres, disse que a prioridade é manter os empregos e que a hora de lutar é agora, porque o trabalhador empregado mantém o consumo e a economia girando. “A onda de demissões chegou com força e atinge diversas categorias, mas não vamos aceitar demissões.”
Segundo ele, o governo quer resolver a crise tirando direitos e o emprego dos trabalhadores. “Temos que ter reforma que não tire direitos e garanta os empregos. Vamos fazer com que as empresas negociem alternativas às demissões. A empresa que não negociar vai parar”, disse.
O deputado federal Paulinho da Força falou sobre a luta travada no Congresso Nacional contra as medidas provisórias do governo, que tiram seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte. “O governo mantém o país numa crise e cismou de fazer um ajuste em cima dos trabalhadores. Não conseguimos impedir que as medidas fossem aprovadas, mas garantimos a aprovação da fórmula 85/95, que acaba com o fator previdenciário. Se a Dilma vetar a emenda vamos lutar para derrubar o veto no Congresso. Por isso, é importante a mobilização dos trabalhadores”, afirmou.
Essa mobilização, segundo Paulinho da Força, é apenas o começo. “Temos que envolver os empresários para pressionar o governo, que está com uma política errada, de aumentar juros, reduzir o crédito e o consumo e está parando o Brasil”.
O secretário-geral, Arakém, disse que “mais uma vez, os trabalhadores estão na rua demonstrando sua insatisfação contra o ajuste fiscal do governo, que está tirando empregos”. Ele perguntou se alguma empresa está com a produção a todo vapor, e nenhum trabalhador levantou a mão.
Os diretores do Sindicato Sílvio, Paulão e Ester, responsáveis por mobilizar os trabalhadores para o ato em Mogi, ressaltaram que a mobilização é fundamental para o avanço de qualquer luta. “A lua não é só numa fábrica que demite, mas de todas”, disse Paulão.
Silvio disse que “sem os trabalhadores não avançaremos. Nossa mobilização não para. Hoje estamos aqui, amanhã estaremos em outra fábrica”.
Ester reforçou que os trabalhadores têm de estar unidos porque a situação do país não está boa. “O trabalhadores têm de se unir porque a demissão vai chegar e sem trabalho e renda o país para”.
Atos da Semana
Nesta terça-feira, a manifestação será na zona norte da capital, às 9h, na Rua Freire Bastos, 89, Jaçanã, em frente à Aliança Metalúrgica. Na quarta (10), às 9h, será na zona leste, na Pça Lorenzetti, Mooca, e na Av. Jacu Pêssego, em Itaquera. Na quinta (11), será na zona sul, na Rua Engº Francisco Pitta Brito, 138, Jd. Promissão (terminal de ônibus próximo à Prada). Na sexta (12), será na zona oeste, na Av. Jornalista Paulo Zingg, 964, Jd. Jaraguá (em frente à Mecano Científica).
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