Cerca de 400 trabalhadores metalúrgicos demitidos da autopeças Fameq e da Keiper fizeram nesta quarta-feira (5) uma passeata de protesto pela Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, zona sul, por causa do não pagamento das verbas rescisórias.
Eles saíram da unidade da Keiper, em Mauá, onde estão acampados desde o dia 28 de setembro, e foram para o escritório da Prevent, grupo controlador da Keiper, que comprou a Fameq, fechou a fábrica que ficava na zona oeste da capital, e não está pagando as rescisões dos cerca de 200 funcionários, descumprindo acordo que fez no Tribunal Regional do Trabalho.
Os trabalhadores ocuparam a entrada do condomínio onde fica o escritório da Prevent.
O presidente do Sindicato, Miguel Torres, o secretário-geral Arakém e assessores participaram do protesto com muita indignação.
“Não aceitamos esse tipo de conduta. O Prevent é um grupo de investidores da Bósnia, que compra empresas em outros países, fecha e demite os trabalhadores. Ficaremos acampados na Keiper até os trabalhadores receberem seus direitos e vamos denunciar o grupo aos órgãos nacionais e internacionais”, disse Miguel Torres.
No início de outubro, a unidade da Keiper em Mauá demitiu cerca de 300 dos 400 funcionários, depositou as rescisões, mas não pagou a multa de 40% do FGTS.