Metalúrgicos da região leste aprovam lutar pelos direitos

Aprovação da unidade na luta e resistência – Fotos Paulo Segura

A quarta assembleia regional de mobilização pelos direitos, realizada na noite desta sexta-feira (28), no Sindicato, aprovou resistir à aplicação da nova legislação trabalhista pelas empresas, trabalhar para conscientizar mais trabalhadores para os efeitos nocivos da reforma, que tira direitos e fortalecer a unidade com o sindicato nesta luta.

A assembleia reuniu centenas de trabalhadores de fábricas da zona leste da capital e foi comandada pelo presidente do Sindicato, Miguel Torres, que, junto com a diretoria e assessoria está defendendo uma ampla campanha de resistência à nova legislação.

“Esta é uma luta de enfrentamento para não deixar que essa lei trabalhista seja aplicada. E temos que fazer uma campanha salarial forte para incluir na convenção coletiva todas as garantias de contratação e negociação tiradas pela reforma aprovada no Congresso”, afirmou Miguel Torres.

Na assembleia, o presidente explicou vários pontos da legislação que vão tirar direitos, as novas formas de contratação, sem registro em carteira, e projetou cada um deles num telão, no auditório do Sindicato, para que os trabalhadores pudessem acompanhar e entender melhor as explicações.

“Não podemos admitir o fim da nossa legislação trabalhista e dos nossos direitos que levamos mais de cem anos para conquistar. Temos aqui que fazer uma reflexão. Fomos nós, trabalhadores, que votamos nos deputados federais e nos senadores que votaram contra nós. Ano que vem é ano eleitoral; temos que mapear os parlamentares que aprovaram essa reforma e fazer uma campanha para que eles não sejam reeleitos”, afirmou Miguel Torres.

Os trabalhadores presentes na assembleia tiveram a oportunidade de manifestar sua opinião a respeito das mudanças, fazer perguntas sobre seus direitos e apresentar propostas de mobilização. Uma das propostas foi de o Sindicato organizar uma greve geral na categoria, nas fábricas e não nas ruas. “Se a gente não se unir e lutar pelos nossos direitos não vamos deixar nada para nossos filhos”, disse o companheiro da Stamptec.

Miguel Torres deixou claro que a consciência sobre o que tudo isso representa “depende da gente, sem isso o patrão deita e rola e divide os trabalhadores”.

Miguel defendeu a unidade na luta, pediu apoio à campanha dos trabalhadores da unidade da Nissan em Canton, no Mississipi, que lutam pelo direito de sindicalização e sofrem com o assédio e as práticas repressivas da empresa. “A esperança está na luta, na resistência, no futuro do nosso País”, afirmou.

O trabalho de convocação dos trabalhadores foi feito pelos diretores Adriano Lateri, Bombeirinho, Josias, Mala, Maurício Forte, Mixirica, Nelson, Ninja, Rubens e Zé Luiz e respectivas equipes de assessoria.

Palavra aberta: trabalhadores se manifestam