Milhares de trabalhadores de várias categorias foram para as ruas hoje, Dia Nacional de Luta e Mobilizações pelos Direitos e Contra as Reformas, em todo o Brasil, protestar contra as reformas da Previdência Social e Trabalhista do governo federal.
Os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes fizeram manifestações nas ruas e em portas de fábricas em todas as regiões da cidade e em Mogi. Na zona sul da capital, os trabalhadores se concentraram em frente à fábrica de motores MWM, na Avenida das Nações Unidas, e, de lá, saíram em passeata até a Ponte do Socorro, onde se juntaram a trabalhadores metalúrgicos e de outras categorias em um grande ato de repúdio às propostas do governo que impõe idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres, reduz o valor dos benefícios, entre outras maldades.
O ato reuniu cerca de oito mil trabalhadores, entre eles sem teto, dirigentes da Força Sindical, CSP Conlutas, CGTB, químicos da CUT, professores, metroviários, que se revezaram nos discursos contra o governo e em defesa da classe trabalhadora, sobretudo das mulheres.
Direitos ameaçados
“Hoje é um dia de luta e é importante que cada trabalhador tenha consciência de que é a sua participação que vai barrar as reformas. O que está em jogo são os nossos direitos. Vamos mostrar para o governo que estamos nas ruas porque não aceitamos nem um direito a menos”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Arakém.
Segundo os dirigentes, se a reforma da Previdência passar, ninguém mais vai se aposentar. “Essa manifestação é um recado claro ao governo e ao Congresso Nacional que “não vamos abrir mão dos nossos direitos”, disse Juruna, secretário-geral da Força.
De olho nos deputados
Os trabalhadores mandaram também um recado aos deputados federais e senadores: “quem vota contra os trabalhadores não merece o nosso voto”. Ano que vem é ano eleitoral e o troco será dado nas urnas.
Em Fortaleza
O presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres, participou, em Fortaleza, da manifestação contra as reformas e reafirmou o slogan nem um direito a menos. “Estas reformas vão mexer com a vida das pessoas, por isso, nossa luta é de resistência até a derrubada dos projetos do governo no Congresso”, afirmou. Miguel e o diretor Maurício Forte foram para Fortaleza para participar do 5º Congresso da Força Ceará e se juntaram ao protesto nas ruas.
Diretores e equipes
Os diretores do Sindicato e suas equipes, responsáveis pela mobilização dos trabalhadores na zona sul, Teco, Carlão, Jamanta, Nivaldo, José Silva, Lourival, Cristina, Tito e suas equipes puxaram a mobilização e destacaram que a reforma vai prejudicar muito as mulheres, valorizaram o trabalho da mulher e lembraram que “são os trabalhadores que contribuem para alavancar a economia deste País”.
Nas regiões
As manifestações começaram antes do dia amanhecer. Às 4h30, foi feita uma grande assembleia na Deca/Duratex, na zona oeste da capital, puxada pelo diretor do Sindicato Ceará, com participação de Paulinho da Força (presidente da Central e deputado federal), Arakém (secretário-geral), Elza Costa (diretora financeira), Xepa (diretor), Tadeu Morais (vice-presidente), Juruna (secretário-geral da central), Geraldino (secretário de relações sindicais da central).
Nas demais regiões, em Mogi das Cruzes e Guararema as assembleias e passeatas foram comandadas pelos diretores Chico Pança, Germano, Sales, Alemão, Porfírio, Erlon (zona oeste); Adnaldo, Alsira, Curió e Maloca (zona norte); Ninja, Maurício Forte, Rubens, Bombeirinho, Adriano Lateri, Zé Luiz, Nelson, Josias, Mixirica, coordenador Noel (zona leste 1); Mala, Zé Silva, coordenador Mazuti (zona sul); Rodrigo, Donizeti, Uélio, Emerson e Yara (zona leste 2); Ester (Guararema), Silvio e Paulão (Mogi).
O Dia Nacional de Luta seguiu com outras manifestações de várias categorias e movimentos sociais na região central da cidade e na Avenida Paulista.