O presidente da Força Sindical e do Sindicato, Miguel Torres, participou nesta quinta-feira (27) do Seminário de Direito Sindical – Democracia Sindical, promovido pelo Ministério Público do Trabalho, Conalis, Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), no Fórum de Justiça do Trabalho de São Paulo.
A mesa foi coordenada pelo magistrado Francisco Gerson Marques, do Conalis (Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical), e integrada por representantes das demais centrais – CUT, CSB, Nova Central e UGT, além de Ruth Coelho, secretária de Direitos Humanos da Força Sindical.
Miguel Torres considerou o encontro oportuno, “neste momento de tantas dificuldades que o país atravessa, em todas as esferas, inclusive política. “Quem mais está sofrendo são os trabalhadores. Desde o início do ano as demissões vêm aumentando, empresas estão fechando e não vislumbramos nenhuma luz para a retomada da economia e do desenvolvimento”, afirmou.
Miguel lembrou das medidas provisórias 664 e 665, que mexeram no seguro-desemprego, abono do PIS, pensão por morte “num momento de aumento das demissões”, disse que as centrais sindicais têm atuado fortemente em Brasília, junto aos deputados e senadores, em virtude dos ataques aos direitos trabalhistas, e manifestou preocupação em relação à maneira como são tratadas as questões trabalhistas.
“Os direitos trabalhistas são tratados como pauta bomba, mas pauta bomba são as medidas provisórias. Ainda ontem tivemos a notícia de medidas para reduzir o acesso à aposentadoria por invalidez, acidente de trabalho, doença profissional. O ajuste fiscal começou em cima dos trabalhadores. Temos greve nas montadoras, na construção pesada, que começou a reduzir o seu nível de emprego, e vamos ter graves problemas para alocar esses trabalhadores. É deste cenário que estamos falando”,
O presidente, porém, não foi pessimista. Segundo ele, “temos que nos preparar para a retomada do crescimento e pavimentar esta estrada, exigir uma política de desenvolvimento nacional.”
Segundo Miguel Torres, o movimento sindical pode propor saídas para alguns abusos econômicos. “Temos que valorizar o movimento sindical pelo seu passado histórico de luta e ajuda em todos os problemas.”