O governo tem pressa para votar reformas antipopulares, mas não tem a mesma pressa para adotar medidas que promovam o desenvolvimento do País e aliviem as condições de vida dos trabalhadores e da população. A redução dos juros básicos da economia (Selic) na base do conta-gotas é um exemplo. O corte de 0,25 ponto percentual anunciado hoje pelo Copom é um exemplo.
A taxa, reduzida para 6,75 pp, é referência para as demais taxas de juros da economia, mas isso não quer dizer praticamente nada, tendo em vista que os bancos continuam livres para cobrar juros extorsivos e apertar o crédito.
Para o mercado o governo federal sinaliza que seu foco é cumprir a meta de inflação (4,5%), inflação que para a população é uma ficção, diante dos preços dos produtos básicos, nos supermercados, entre eles o gás de cozinha, na faixa de R$ 90.
A inflação, assim como os juros, continua freando o desenvolvimento e a geração de emprego e renda e segue numa linha contrária aos interesses da maioria dos cidadãos brasileiros.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato e da CNTM