Certamente, o corte da Selic em 0,5 ponto percentual será visto como um grande benefício do governo para a economia, mas esta redução não é nenhum favor e tampouco alivia o sofrimento de milhões de brasileiros que precisam de emprego (de qualidade), renda, saúde, moradia.
Essa redução ínfima da taxa, para 7% ao ano, não vai ajudar a construir moradia popular, saneamento básico, melhorar o atendimento da saúde e outros serviços básicos.
A Selic, que serve de referência para outras taxas de juros cobradas pelo mercado financeiro, não vai influenciar nenhuma queda radical, e necessária, nos financiamentos pessoais, da produção, cheque especial, que vão continuar altas.
O modelo econômico eleito pelo governo continua prestigiando o grande capital, a exemplo das reformas em curso no País que vão precarizando a vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM