O governo federal corre para aprovar as medidas de venda do patrimônio nacional – Eletrobrás, Petrobras, Embraer, nossa água e floresta -, as reformas que tiram direitos dos trabalhadores, mas não medidas que podem efetivamente ajudar a produção nacional e a geração de emprego de qualidade e renda. O corte de 0,25% na taxa Selic, anunciado nesta quarta-feira pelo Copom, mostra esta determinação.
A redução dos juros abusivos caminha a passos lentos, priorizando o capital especulativo e o sistema financeiro, que cobra taxas médias de mais de 300% ao ano no cartão de crédito rotativo e no cheque especial, contra uma Selic atual de 6,5% ao ano.
Sem levar em conta esta disparidade, o governo federal mantém o Brasil nos trilhos da desigualdade e segue gerando insegurança e desesperança para milhões de famílias que amargam o desemprego.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, da CNTM e vice-presidente da Força Sindical