Enquanto o governo federal segue ensaiando que está cortando a taxa de juros, a economia segue agonizando, a produção patinando e o desemprego aumentando. O corte de apenas 0,75 pontos na Selic, nas proporções da atual recessão, não traz reflexos imediatos para reverter o quadro de estagnação que vem penalizando, sobretudo, a população e a classe trabalhadora. O spread bancário continua exorbitante, o crédito inviável e o capital especulativo levando vantagem.
A prioridade do governo federal são as reformas trabalhista e previdenciária e, para aprová-las, não mede esforços. Deveria ter o mesmo empenho para adotar medidas que de fato possam alavancar a economia, gerar emprego e renda, tirar milhares de famílias de trabalhadores das ruas e sinalizar o caminho do tão sonhado crescimento econômico e social.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical