Reunidos na manhã desta sexta-feira (18), em Caxias do Sul (RS), na sede do Sindicato dos metalúrgicos local, dirigentes do movimento Brasil Metalúrgicos discutiram ações unitárias em defesa das Convenções Coletivas de Trabalho e de resistência à aplicação da lei (reforma) trabalhista pelas empresas e no âmbito jurídico.
Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, defendeu o fortalecimento das ações nas campanhas salariais pela garantia das convenções de todas as categorias. “A ideia deste movimento é fortalecer o segmento da categoria e de cada setor. Já sabemos que as negociações este ano serão muito difíceis, porque estamos vendo a classe empresarial se organizando pra derrubar as convenções. Tem categorias em greve pela convenção, então, a ideia é fortalecer a unidade, porque este é o caminho para avançarmos contra os ataques”, afirmou Miguel Torres.
O presidente disse que “a reforma trabalhista não acabou, dependendo de quem ganhar as eleições, os ataques vão ser ampliados. Vamos ter que ter uma postura de muita maturidade e escolher bem, não só nossos representantes em todos os níveis, mas também os nossos candidatos a deputado federal, porque ou acertamos ou acabamos com o que ainda temos. Temos que, além de elegermos nossos candidatos, termos o compromisso de não reeleger os que votaram contra nós, porque eles vão votar de novo contra nós”, destacou.
Moções de Apoio
Os dirigentes defenderam, também, avançar na elaboração de um Contrato Coletivo Nacional de Trabalho com cláusulas básicas para todas as categorias, criticaram a política de privatizações do governo Temer e aprovaram três moções, sendo duas de apoio às greves da Mercedes-Benz e dos trabalhadores da construção civil de SP e contra a venda da Embraer para a norte-americana Boeing.
Senador Paim
O convidado especial, senador Paulo Paim (PT), participou da reunião ao lado de dirigentes da CUT, CSB/Conlutas, Intersindical, Fitmetal, CTB, CGTB e falou do Estatuto do Trabalho, que formaliza uma nova proposta de lei trabalhista e que foi apresentado na semana passada no Senado, alertou para a questão da reforma da Previdência, que vai impedir as aposentadorias, valorizou a unidade da categoria em defesa dos direitos.
