Sindicalistas debatem Previdência nesta 6ª com presidente Temer

Encontro amanhã é para compensar reunião com empresários
Na 2ª, centrais e governo devem tentar fechar acordo sobre INSS
Trabalhadores são contra idade mínima para aposentadoria

O presidente interino, Michel Temer, convocou 80 sindicalistas da UGT, CSB, Força Sindical e NCST para um almoço no Palácio do Jaburu amanhã (6ª), às 12h30. O encontro foi marcado para balancear a agenda do peemedebista. Ontem (4ª), Temer  recebeu a visita de 197 empresários. Serão 20 sindicalistas de cada uma das 4 centrais sindicais.

As informações são do repórter do UOL Luzi Felipe Barbiéri.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM, participará do encontro.

Trabalhadores ligados às centrais tentam evitar uma reforma da Previdência. Com 5 milhões de filiados, CUT e CTB não participam das negociações.

O almoço de amanhã substituirá a reunião do grupo de trabalho criado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) para discutir mudanças no sistema. A audiência, que seria realizada no Palácio do Planalto, foi remarcada para 2ª feira (13.jun).

Na 3ª feira (7.jun), sindicalistas entregaram a Padilha um documento com 9 propostas para aumentar a arrecadação e ajudar a conter o rombo no sistema previdenciário. O déficit estimado pelo governo é de R$ 146 bilhões em 2016.

As reivindicações ignoram, entretanto, possíveis reformas estruturais pretendidas pelo governo. As centrais querem evitar a imposição de uma idade mínima para a aposentadoria e a desvinculação dos benefícios dos reajustes aplicados ao salário mínimo.

Para os trabalhadores, não há problema em manter as regras atuais do sistema: “As centrais sindicais entendem que o orçamento da Proteção Social é e sempre foi superavitário, sendo inoportuna qualquer proposta de reforma paramétrica que signifique supressão ou restrição de direitos adquiridos pelos trabalhadores”.

O Planalto pretende chegar a um acordo com as centrais para enviar ao Congresso uma proposta de alteração na Previdência o quanto antes. A intenção é aprovar as mudanças depois das eleições municipais, que serão realizadas em outubro.