Foi realizado neste sábado, 11 de março, no Centro de Lazer da Família Metalúrgica em Praia Grande, o Encontro Março Mulher Metalúrgica 2017. Com participação de Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical, o evento destacou as principais questões da mulher trabalhadora, na luta por igualdade de oportunidades e renda, e contra todos os tipos de violência, assédios e preconceitos.
Todos repudiaram veemente a reforma da Previdência, encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional, pois é uma grande injustiça contra a classe trabalhadora e irá prejudicar ainda mais as mulheres. A advogada Tonia Galleti, do Sindicato Nacional dos Aposentados, fez palestra sobre o tema Previdência e explicou didaticamente os principais pontos da proposta do governo para a reforma da Previdência, colaborando com o debate, a reflexão e futuras ações sindicais em defesa dos direitos previdenciários.
O encontro foi organizado pelo Departamento da Mulher do Sindicato, coordenado pela diretora Leninha, contou com as presenças de Elza Costa (diretora de finanças do Sindicato), das diretoras Yara, Alsira, Cristina, Ester e Sonete, assessoras do Sindicato, do secretário-geral Jorge Carlos de Morais, o Arakém, diretores e assessores, dirigentes sindicais de outras categorias da Força Sindical (Maria Auxiliadora, secretária da mulher da Força Sindical, e Sérgio Luiz Leite, o Serginho, presidente da Federação dos Químicos do Estado de SP).
Estiveram presentes em torno de 200 trabalhadoras metalúrgicas de nossa base, a maioria acompanhada de suas famílias (filhos e marido), que aproveitaram a palestra, os debates, a confraternização e todas as opções de lazer e de descanso do Centro de Lazer de Praia Grande. A atividade cultural do evento ficou com o grupo ‘As Trapeiras”, com uma apresentação teatral sobre violência contra as mulheres.
Leninha – A diretora Leninha abriu o encontro com uma saudação geral aos participantes do Encontro, disse que homens e mulheres têm que caminhar juntos nas lutas sindicais e sociais e criticou as medidas impopulares do governo. “Estão querendo cortar nossas pernas e, portanto, temos de lutar muito e mostrar à sociedade que há saídas para evitar que a Previdência Pública acabe”.
Miguel Torres – o presidente do Sindicato, Miguel Torres, questionou: “quem são os interessados em mexer na Previdência e na CLT?”. Segundo ele, as propostas do governo não são reformas, são uma verdadeira demolição das conquistas históricas da classe trabalhadora. “Estão demolindo a CLT, que sempre foi e é uma garantia dos direitos. Não é privilégio ter leis que garantam os direitos e ter aposentadorias justas e pagas a vida inteira pelos trabalhadores e trabalhadoras”, disse Miguel Torres, criticando ainda o governo pela não cobrança dos setores que não contribuem ou contribuem muito pouco com a Previdência Social. “É preciso ampliar o debate, mostrar os números da Previdência e não fazer uma mudança às pressas, que irá mexer e prejudicar a vida de milhões de pessoas”.
15 de Março/Dia Nacional de Luta – Para Miguel Torres, se por trás das reformas vem o desmonte da CLT e uma perseguição forte ao movimento sindical, o momento é de resistir e participar das ações como, por exemplo, o 15 de Março, Dia Nacional de Luta das Centrais Sindicais em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, que será realizado em todo o País nesta próxima quarta-feira. “Nós vamos participar, com mobilizações nas portas de fábrica, protestos, passeatas e inúmeros outros tipos de manifestações. Vamos todos pra rua para demonstrar que o movimento sindical e os trabalhadores são totalmente contra as reformas que tiram direitos”, diz Miguel Torres.