O Departamento da Mulher, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, realizou nesta sexta-feira (13) a sua 4ª Oficina de Mulheres Metalúrgicas.
O evento reuniu trabalhadoras gestantes da categoria e teve como tema o “Protagonismo feminino para um nascer mais humano”, desenvolvido por Daniela de Almeida Andretto, presidente da Adosp (Associação de Doulas do Estado de São Paulo), e Gabriela Costa, doula e cirurgiã-dentista.
A diretora Euzilene Nogueira, a Leninha, coordenadora do Departamento da Mulher, saudou as companheiras e destacou a importância do evento. “É importante estar informada sobre o que acontece com o nosso corpo e para poder decidir como queremos que nossos filhos nasçam”, afirmou.
Miguel Torres, presidente do Sindicato, disse que a experiência das oficinas é muito proveitosa. “O Sindicato também se envolve com questões, além da trabalhista, como a família e o nascimento do filho. A gestação e a hora do parto são muito especiais para a mulher”, disse Miguel, fazendo uma abordagem do contexto em que os nossos filhos estão nascendo.
“Estamos vivendo um tempo de muitas dificuldades, com uma crise que não é só política, é moral e de desesperança, e uma guerra de interesses entre trabalhadores e o capital, que tenta explorar ao máximo a mão de obra. A reforma trabalhista não gerou empregos e aprofundou a exploração… liberou mulheres gestantes e lactantes para o trabalho em locais insalubres, isso é uma aberração.”
Miguel reforçou a importância do sindicato na defesa dos trabalhadores e disse que “temos que avançar dentro das empresas na defesa do Sindicato e dos direitos. É uma luta árdua, mas temos condições de avançar”.
O secretário-geral, Arakém, disse que “a mulher tem o dom de renovar a vida”, e desejou que as crianças venham com saúde e encontrem um mundo melhor do que este.
Vídeos e exercícios
Durante o evento as trabalhadoras assistiram um vídeo sobre os diferentes tipos de parto – normal, em casa com doula, fórceps, cesárias – com muita informação sobre cada um e os mitos em torno do parto normal – as intervenções médicas desnecessárias na hora do parto, a pressão pela cesária – e também os benefícios do parto natural – sem anestesia, sem corte, sem aplicação de soro para acelerar o parto – respeitando o tempo do bebê e a mulher.
A apresentação foi seguida das palestras de Daniela e Gabriela, que explicaram como a mulher vai identificando que está entrando em trabalho de parto, o que fazer e que ela tem direito a acompanhante e também da assistência de uma doula na hora do nascimento.
A 4ª Oficina foi encerrada com o sorteio de prêmios e um almoço.
O evento foi prestigiado por diretores, diretoras, assessores e assessoras do Sindicato. A diretora Yara, que está gestante, participou do evento junto com o seu companheiro.