Carolina Sarres
O número de famílias que sofreram despejo na Amazônia pela construção de barragens e usinas hidrelétricas, pela mineração, pela grilagem de terra, pela extração de madeira e pela lavoura de monoculturas aumentou 76% em 2013. Em 2012, foram cerca de 1.700 casos de despejo; no ano passado, cerca de 3.100. Os dados são do relatório Conflitos no Campo 2013 divulgado nesta segunda-feira (28) pela Comissão Pastoral da Terra.
“Diferentemente do restante do Brasil, onde o número de famílias expulsas diminuiu em relação a 2012, na Amazônia, ocorreu o inverso: o número de famílias expulsas cresceu em 11%, passaram de 472 para 525; e o de famílias despejadas, em 76%”, informou o documento.
No Acre, por exemplo, o número de casas destruídas aumentou 1.038% –de 26, em 2012, para 296, em 2013. O maior número de famílias despejadas de casa em 2013 foi registrado na região Norte, com 2.323, seguida pela região Nordeste, com 1.769. No total, foram mais de 6.300 mil famílias despejadas.