A palavra sindicato tem raízes no latim e no grego. No latim, “sindicus” denominava o “procurador escolhido para defender os direitos de uma corporação”; no grego, “syn-dicos” é aquele que defende a justiça. O sindicato está sempre associado à noção de defesa com justiça de uma determinada coletividade. É uma associação estável e permanente de trabalhadores que se unem a partir de uma constatação de problemas e necessidades comuns.
A matriz histórica da organização sindical atual surgiu sintonizada com o desenvolvimento industrial, que tem por base a “Revolução Industrial” na Inglaterra, no final do século XVIII e começo do Século XIX. Ali nascia o capitalismo atual, ali nasceu o sindicalismo.
Mas se o berço do sindicalismo é industrial, isso não foi limitação a sua expansão para outros setores de economia. Podemos dizer que o sindicalismo é o sistema de organização político-social dos trabalhadores, tanto urbano-industrial como rurais e de serviços.
Em seus mais de 200 anos de história, o sindicalismo foi impactado por diferentes concepções ideológicas e teorias de ação, o que permitiu a construção de uma tipologia bastante ampla, assim como expressões políticas e históricas: anarquista, socialista, reformista, comunista, populista, etc. O importante, no entanto, é que, ao longo dos anos, o movimento sindical – conjunto de práticas sociais dos sindicatos com características próprias de cada país – adquiriu um peso social e uma força decisiva nos contextos nacionais.
Eduardo Genner de Sousa Amorim e presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás (Seceg)
DIÁRIO DA MANHÃ (Goiás)