UOL
07/04/201323h38 > Atualizada 08/04/201311h25
Genebra, 8 abr (EFE) – As condições de emprego na União Europeia continuam se deteriorando, segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta segunda-feira (8). O levantamento mostra que um milhão de pessoas perderam seus postos de trabalho apenas nos últimos seis meses.
Embora o ritmo de aumento do desemprego tenha se desacelerado no período 2010-2011, a perda de postos voltou a disparar “e não há sinais de melhora”, informou a organização, que realiza hoje em Oslo sua nona reunião regional europeia.
“Agora há mais de dez milhões de desempregados adicionais na Europa com relação ao início da crise (2007), e os jovens e trabalhadores menos capacitados são os mais atingidos”, disse a OIT ao publicar seus números mais recentes sobre a situação do emprego na Europa.
Esta tendência negativa coincide com a aplicação das medidas de rigor fiscal nos países que mais estão sofrendo os efeitos da crise econômica na Europa.
Apenas em cinco países –Áustria, Alemanha, Hungria, Luxemburgo e Malta– dos 27 que formam o bloco há taxas de emprego acima dos níveis prévios à crise.
Por outro lado, Grécia, Chipre, Espanha e Portugal viram cair em mais de 3% suas taxas de emprego nos dois últimos anos.
Segundo a OIT, “o desemprego a longo prazo está se transformando em um problema estrutural para muitos países europeus” e, em 19 deles, “mais de 40% das pessoas sem trabalho são consideradas desempregados de longo prazo, o que significa que estão fora do mercado de trabalho por mais de um ano”.
Essa situação aumentou consideravelmente as possibilidades de convulsões sociais, acrescentou a agência técnica das Nações Unidas.
Com a evidência de 26 milhões de europeus sem emprego, a OIT insistiu quanto à urgência de mudança nas atuais políticas de aperto orçamentário por outras focadas na criação de empregos.
Entre propostas da OIT há a de resolver os problemas relacionados ao setor financeiro, que esteve no epicentro da crise, e cuja falta de solução está fazendo com que as pequenas e médias empresas não tenham um acesso adequado ao crédito.