RENATA LO PRETE

Assopra 1 Reunido na manhã de ontem com Paulinho da Força (PDT-SP) Gilberto Carvalho procurou amansar as centrais diante da perspectiva de vitória do governo, hoje, na votação do salário mínimo de R$ 545.

Assopra 2 O secretário-geral da Presidência sugeriu que as centrais “pensem mais à frente”. Defendeu a manutenção do diálogo, lembrando que o governo quer discutir uma política para aposentados e alternativa ao fator previdenciário.

Exemplo Em encontro do PDT com Carlos Lupi, deputados cuidaram de lembrar que, em 1954, João Goulart deixou o Ministério do Trabalho do governo de Getúlio Vargas na esteira de uma queda de braço em torno do salário mínimo. Não que Lupi tenha intenção de abandonar a cadeira.


com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI

tiroteio

Não houve ameaça, nem mesmo velada. E nós não aceitaríamos isso. Somos aliados, não subordinados ao governo.
DO LÍDER DO PDT NA CÂMARA, GIOVANNI QUEIROZ (PA), sobre a posição do partido, contrária à orientação do Palácio do Planalto, na votação do novo valor do salário mínimo, prevista para ocorrer hoje no Congresso.

contraponto

Resenha literária

Ao chegar ontem para reunião com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o deputado Paulinho da Força, que no mesmo dia publicou artigo na Folha criticando o salário mínimo de R$ 545 proposto pelo governo, tentou quebrar o gelo com uma autocrítica:
-Nunca escrevi um discurso tão ruim na minha vida, ministro! Bota pelego nisso!
Carvalho cuidou de afagá-lo:
-Pelego! O que é isso? O teor é duríssimo!