Seg, 16 de Maio de 2011
Fonte: Jornal O Liberal
Os 50 mil postos de trabalhos formais criados em 2010 projetam que o Pará tem potencial para gerar até mais de 150 mil novas vagas nos próximos quatros anos.
O problema é que, hoje, 25% das vagas captadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine) no Estado sobram por falta de trabalhadores qualificados para ocupá-las. O Pará é o 13º no ranking do Produto Nacional Bruto Industrial (PNB) e está na rabeira da massa salarial do País: mais de 40% dos trabalhadores paraenses recebem apenas o salário mínimo.
Concomitante a isso, os recursos destinados à qualificação profissional minguaram de R$ 11 milhões anuais em 1993, quando o Estado deu início ao seu programa de formação profissional, para R$ 1 milhão por ano a partir de 2003.
Os números fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) nortearam o debate sobre qualificação profissional, empregabilidade, aumento da massa salarial e redução da jornada do trabalho durante o 3º Congresso Estadual da Força Sindical no Pará, ontem, que contou com a participação de cerca de 300 pessoas, 250 das quais delegados eleitos por sindicatos que representam cerca de 500 mil trabalhadores de várias categorias. A garantia de mais recursos para a qualificação profissional no Estado deu o tom de todas as intervenções.
Além da massiva representatividade na base dos trabalhadores, o Congresso da Força Sindical mostrou sua força política, garantindo na mesa de abertura a presença do senador Fernando Flexa Ribeiro (PSDB), do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS), do secretário de Saúde Hélio Franco, da secretária adjunta do Trabalho e Renda, Telma Dantas – com toda a equipe da Seter.
Representando o presidente nacional da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, esteve presente o vice-presidente da Central, Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e região. O senador Flexa Ribeiro colocou seu gabinete à disposição dos trabalhadores em Brasília para a defesa de suas reivindicações.
O presidente da Força Sindical no Pará, Ivo Borges, reeleito à frente de uma chapa de consenso, ressaltou que o momento é de unidade entre os trabalhadores. “No Pará, temos um horizonte de investimentos que superam os R$ 100 bilhões nos próximos quatro anos, precisamos atuar em conjunto para aumentar os recursos para qualificação, garantir empregabilidade aos trabalhadores paraenses, aumentar a massa salarial e melhores condições de vida para todos”, disse Ivo.