Foto: Secopa/divulgação Castelão com as obras paralisadas |
Trabalhadores do Castelão reivindicam piso nacional de operários da Copa.
Paralisação pode cancelar jogos do Campeonato Cearense no estádio.
A paralisação das obras do estádio Castelão, em Fortaleza, pode gerar “prejuízos irreparáveis ao futebol cearense em 2013”, informa consórcio formado pelas empresas responsáveis pela reforma do estádio, uma das 12 arenas da Copa do Mundo de 2014. Apesar da paralisação, as obras do Castelão são as mais adiantadas entre os 12 estádios que sediarão jogos da Copa, segundo a Secretaria Especial da Copa no Ceará.
O secretário especial da Copa no Ceará, Ferruccio Feitosa, havia anunciado que iria liberar o estádio já reformado para jogos do Campeonato Cearense em 2013, já que a obra está prevista para ser entregue no fim deste ano. Com o prologamento da greve, segundo o consórcio, “poderá prejudicar o cumprimento desse marco”.
“Lamentamos profundamente a decisão pela continuidade greve, pois todos os esforços estão sendo empreendidos para resolver a questão, cumprir os prazos estabelecidos e valorizar os nossos colaboradores”, informa ainda a nota.
A greve
Os servidores que operam nas obras do Castelão decidiram na manhã desta quarta-feira (11) pela continuidade da greve. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral (Sintepav), que representa os trabalhadores, informou que uma nova reunião entre a categoria e o consórcio está agendada para a tarde desta quarta-feira. Na manhã de quinta-feira (12), uma nova assembleia geral será realizada para informar os operários sobre as propostas apresentadas na reunião.
As empresas responsáveis pela obra ofereceram aos trabalhadores reajustes que variam entre 14% e 21% para quatro faixas salariais. “Esses reajustes estão bem acima da inflação anual”, informa, em nota, o consórcio que envolve as empresas Galvão Engenharia e Andrade Mendonça. O consórcio ofertou também reajuste do valor da cesta básica que hoje é de R$ 60,00 para R$ 150,00, o que representa um ganho real de 150%.
Os servidores reivindicam um salário base igual para os trabalhadores dos 12 estádios da Copa do Mundo. “Reivindicamos a pauta nacional, que inclui o salário unificado dos trabalhadores. Houve descumprimento do acordo porque algumas empresas pagaram o valor único e outras não”, explica o presidente do Sintepav, Raimundo Nonato.