Durante a ditadura civil-militar, várias empresas privadas e estatais se associaram ao regime. A parceria tinha como objetivo principal aperfeiçoar a espionagem, a deduragem e a repressão a trabalhadores. Nesse quesito, a Volkswagen do Brasil se destacou. A empresa montou uma verdadeira central de operações para além de seus muros e o chefe operacional era o nazista procurado Franz Paul Stangl.
Essa e outras histórias, fartamente documentadas, foram apuradas na continuidade da investigação iniciada na Comissão Nacional da Verdade, que formou 13 grupos. O último deles levantou a perseguição a trabalhadores e sindicalistas. Álvaro Egea, dirigente do setor do Vestuário – e empenhado no resgate da história – conta que uma das vítimas, o ferramenteiro Lúcio Bellantani, foi detido na múlti durante seu turno, às 23 horas, começou a tomar pancada ali mesmo e acabou ficando 42 dias preso no Dops.
Denúncia – Dia 22, às 16 horas, o coletivo que busca a reparação dos danos provocados pela repressão patronal, formalizará representação junto ao Ministério Público Federal, na rua Frei Caneca, região central de São Paulo. “A documentação que comprova a colaboração com a ditadura é farta”, afirma o sindicalista. Segundo Egea, o ato de protocolo da representação será aberto aos interessados e à imprensa.