Após 3 anos do maior desastre ambiental registrado no país, sem sequer remover os rejeitos das áreas atingidas, vemos inertes e atônitos o replay da cena: outra dose de 50 milhões de metros cúbicos de resíduos de minérios matando pessoas, devastando vilarejos e arrasando com a fauna e a flora que encontra pelo caminho, em Brumadinho-MG.
Muita matéria tivemos para estudar desde novembro de 2015: exploração da natureza sem controle efetivo do risco; fiscalização insuficiente; interesses econômicos acima do valor da vida. Entretanto, tiramos zero na prova.
Será que também reprovaremos na reação? A atitude do poder público se limitará às multas? Os órgãos de fiscalização ganharão pernas? Os responsáveis, rejeitarão a culpa com o argumento de que o negócio é importante para o sustento da região, como se a cultura do povo – agora na lama – não fosse riqueza a se orgulhar?
Embora reviver este drama nos entristeça e até desanime, temos em nós – brasileiros – que um filho desta nação não foge à luta. Assim, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes se solidariza com os feridos e com os familiares das vítimas, instigando o Governo a tomar medidas enérgicas para as resoluções desta calamidade e a intensificar ações que estão pendentes desde Mariana, para que – definitivamente – possamos ser aprovados e ter o que ensinar às demais gerações.
Afinal, dentro de toda essa tragédia, não podemos ignorar o acidente de trabalho que maculou cerca de 150 trabalhadores que estavam nas instalações da mineradora.