O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), anunciou hoje que os trabalhadores portuários decidiram, em plenária realizada na noite de terça-feira, fazer nova ´greve de advertência´ no dia 19 de março nos 36 portos do país. É mais uma tentativa de pressionar o governo a negociar mudanças na medida provisória 595, a MP dos portos, que estabelece novo marco regulatório para o setor.
´Será uma paralisação de 24 horas. Começará às 7h do dia 19 e terminará às 7h do dia 20. É uma greve de advertência, esperando que possa ajudar na negociação. O governo está nos enrolando. Nenhuma de nossas reivindicações está sendo atendida´, disse.
A afirmação foi feita após audiência com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual uma comissão de centrais sindicais e movimentos sociais entregou uma pauta de reivindicações. Da pauta, constam, entre outros pontos, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o fim do fator previdenciário e a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o fim da dispensa imotivada.
Renan não se comprometeu com a votação das propostas que compõem a pauta de reivindicações das centrais, mas teria defendido uma ´alternativa´ a fim do fator previdenciário, de acordo com sindicalistas presentes.
Está sendo realizada em Brasília, nesta quarta-feira, a 7ª Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais.
Com relação à MP dos Portos, os trabalhadores pedem a presença dos órgãos gestores de mão de obra (Ogmos) também nos terminais particulares, da isonomia de custo entre os portos públicos e privados, da manutenção da autonomia dos portos que foram delegados a Estados e da presença da guarda portuária em todos os portos.