Paulinho mobiliza as bases pela aprovação da pauta trabalhista


Paulinho em reunião com sindicalistas da Força Sindical

Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical, e deputado federal pelo PDT-SP está realizando uma série de reuniões com diferentes sindicatos e federações associados à Força Sindical para mobilizar os trabalhadores para lutar pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a regulamentação da terceirização garantindo os direitos trabalhistas e fim do fator previdenciário.

Estas propostas estão tramitando no Congresso Nacional, mas precisam da pressão dos trabalhadores para serem aprovadas. Sabedor das dificuldades de aprová-las – são 73 deputados ligados ao mundo do trabalho e 273 representando os empresários –, Paulinho considera que a melhor estratégia é a mobilização e não tem medido esforços para isso.


Paulinho, Melquíades Araújo (Federação da
Alimentação) e Paçoca (alimentação de Barretos)

Hoje (dia 28/6), ele se reuniu com sindicatos nas federações das indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp) e com a dos Metalúrgicos. “As conquistas demoram a chegar para os trabalhadores. Na porta de fábrica conquistamos benefícios diretamente para aqueles trabalhadores, mas para a classe trabalhadora como um todo precisa ser no Congresso Nacional”, disse.

Na Fetiasp, Paulinho participou, com o presidente da entidade, Melquíades de Araújo e Artur Bueno, presidente da Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação, da inauguração do prédio da Federação, que foi reformado recentemente.


Paulinho e Claudio Magrão, presidente da
Federação dos Metalúrgicos do ESP

Paulinho e Melquíades Araújo (Federação
da Alimentação)

Conquistas
Paulinho citou algumas conquistas em época diferentes, como por exemplo, na época do Getúlio Vargas (redução da jornada, contratação forma de trabalho, CLT, entre outros); em 1962, a instituição do 13º salário depois de uma grande greve em São Paulo; na Constituição de 1988, redução da jornada semanal de trabalho para 44 horas e licença-maternidade, entre outros.

Agora teremos uma batalha decisiva em três propostas. A primeira delas é a regulamentação da terceirização. Hoje existem 28 projetos no Congresso Nacional. Mas, um fato positivo é que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, constituiu uma comissão especial que terá prazo de 60 dias para analisar e debater a proposta e depois irá direto para o plenário. Segundo Paulinho, este prazo termina no final de agosto. “Mesmo na comissão os trabalhadores são minoria e, portanto, precisa da presença dos sindicalistas para sensibilizar os parlamentares”, declarou Paulinho.

Quanto ao fator previdenciário, as centrais e o Sindicato Nacional dos Aposentados estão negociando com o governo, uma proposta alternativa.

Já a PEC das 40 horas, que está tramitando no Congresso Nacional desde 1995 (há 16 anos) está na pauta do plenário, mas não vota. “É preciso pressão”, alertou Paulinho, que solicitou a participação dos sindicalistas nestas ações.

Na Fetiasp, seu presidente Melquíades de Araújo colocou a proposta em votação e, por unanimidade, todos concordaram em estarem presentes nas reuniões em Brasília e no dia 3 de agosto, no grande ato que será realizado pelas centrais sindicais na Avenida Paulista.

Redução da jornada
Os trabalhadores nas indústrias da alimentação vão intensificar a luta pela aprovação rápida da redução da jornada.

Telma Regina Bueno, secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Sorocaba, disse que homens e mulheres perguntam sempre quando será aprovado o projeto.

O mesmo acontece em Mococa, disse Carlos Cesar da Silva, do Sindicato do município.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Santa Rita de Passa Quatro, Antonio Calimam, disse que todos trabalhadores querem as 40 horas.