“Não é boa a notícia de que o governo Bolsonaro pretende extinguir o Ministério do Trabalho e Emprego. Se isto ocorrer, teremos um espaço a menos para dialogar com o governo, apontar problemas, sugerir soluções e colaborar com as ações no combate ao desemprego, à precarização nas relações de trabalho e ao trabalho escravo ou análogo à escravidão.
Defendemos a permanência do Ministério do Trabalho e Emprego e que esta pasta volte a ter relevância na defesa dos direitos da classe trabalhadora, na valorização dos setores produtivos e na retomada do desenvolvimento econômico do País, com geração de emprego e melhoria nas condições de vida do povo brasileiro.
Criado em 1930, o Ministério sempre foi muito importante, tendo sido ocupado por nomes como João Goulart (Jango), André Franco Montoro, Almino Afonso, Antônio Rogério Magri, Almir Pazzianotto, Dorothea Werneck, Walter Barelli, Antônio Anastasia, Francisco Dornelles, Jaques Wagner, Luiz Marinho, Carlos Lupi e Manoel Dias, que, à frente do Ministério do Trabalho, foram competentes, cumpriram compromissos, dialogaram com o movimento sindical e mantiveram a pasta com a sua devida importância e respeitada por toda a sociedade brasileira.
Esperamos que o presidente eleito não se precipite, mantenha o Ministério e indique um nome que possa democraticamente alavancar ações relevantes para o mundo do trabalho. Queremos, enfim, o Ministério do Trabalho e Emprego forte, fiscalizador, parceiro e protagonista na luta contra a recessão e pela retomada do crescimento econômico do País, com respeito aos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas da classe trabalhadora, geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social”.
Miguel Torres
presidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM