O governo federal vai lançar hoje um pacote de serviços digitais para o trabalhador com o objetivo de tornar mais célere o atendimento e o recebimento do seguro-desemprego, criar versão digital da carteira de trabalho, que poderá ser acessada pelo celular, e oferecer cursos de qualificação a distância. Segundo o Ministério do Trabalho, com a utilização da nova plataforma tecnológica de prestação de serviços ao trabalhador pelo meio digital, o Programa Emprega Brasil, o tempo médio para atendimento para quem estiver solicitando o seguro-desemprego cairá 70%. Já o tempo para recebimento será reduzido pela metade.
Agora, o trabalhador poderá preencher o pedido de seguro-desemprego diretamente pela internet, indo a agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) apenas para entregar os documentos. No caso do tempo para recebimento da primeira parcela do seguro-desemprego, a estimativa é de que caia pela metade porque o prazo de 30 dias para pagamento passa a contar desde a data do preenchimento do formulário pela internet e não do comparecimento na agência como é hoje.
O ministério também vai liberar aos trabalhadores dois aplicativos para smartphones, desenvolvidos em parceria com a Dataprev. Um deles vai permitir o acesso à carteira de trabalho digital, uma versão eletrônica da atual que estará disponível para os sistemas Android e iOS.
O documento físico continuará sendo oficial mas o trabalhador poderá acessar qualquer informação sobre o contrato de trabalho vigente ou anteriores pelo smartphone. Ele ainda poderá solicitar ainda por este canal a 1ª e a 2ª via da carteira de trabalho física.
Foi feita também nova versão do aplicativo Sine Fácil 2.0, que agora será disponível também para os telefones com sistema operacional iOS. Pelo aplicativo, o trabalhador poderá acessar vagas de emprego na rede Sine de todo o Brasil ou ainda se candidatar às vagas disponíveis, agendar entrevistas com empregadores e acompanhar a situação do seguro-desemprego.
Outra ação que será lançada é a Escola do Trabalhador, plataforma de ensino a distância elaborada em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) que tem capacidade de qualificar, até o fim de 2018, seis milhões de beneficiários, segundo estimativa do Ministério do Trabalho. Os cursos serão gratuitos – os 12 primeiros devem estar disponíveis a partir de 21 de novembro – e foram definidos com base na análise de dados estatísticos sobre o mercado de trabalho e das necessidades dos empregadores e trabalhadores. Segundo o ministério, outros 38 cursos serão ofertados até o fim do ano que vem.