Após negociações e conversas sobre o projeto que regulamenta a terceirização, o texto inicial foi bastante modificado
Em reunião extraordinária do Conselho Nacional, realizada ontem (16) em São Paulo, dirigentes da Força Sindical debateram a regulamentação da terceirização, cujo texto-base foi aprovado na 4ª feira (8) pelo plenário da Câmara Federal, ressalvadas as emendas e destaques que serão discutidos e votados semana que vem. São 72 emendas que deverão ser votadas, inclusive as de autoria do deputado Paulinho da Força (Solidariedade -SP), que poderão modifi car o texto.
Miguel Torres, presidente da Força, destacou a importância da unidade da Central e conclamou os sindicalistas a comparecerem no Congresso Nacional no dia 22, data marcada para a votação das emendas ao projeto no plenário da Câmara. O objetivo será sensibilizar os parlamentares a aprovar as emendas do deputado Paulinho.
“Hoje a situação dos terceirizados é um caos. Por exemplo: não podem comer no mesmo restaurante, nem viajar no mesmo ônibus que os funcionários da empresa preponderante utilizam. Estas emendas são salvaguardas aos 12,7 milhões que trabalham regidos por este tipo de contrato de trabalho”, declara Paulinho.
“Com estas emendas que apresentamos estou convencido de que resolveremos o problema destes trabalhadores, que terão mais garantias”, disse. O técnico do Dieese Altair Garcia explicou que, após a negociação sobre o projeto de terceirização com o relator na Câmara, deputado Artur Maia (Solidariedade-SP), com o governo (Secretaria Geral da Presidência), e de conversa com a presidenta
Dilma, “o projeto inicial, de autoria do ex-deputado Sandro Mabel, foi bastante modificado”.
Força Sindical e Centrais
Paulinho explicou que as emendas de sua autoria foram elaboradas em comum acordo com as Centrais Sindicais. Os sindicalistas comentaram a onda contrária, com críticas de representantes de outras Centrais. “O que estão fazendo com o Paulinho é covardia”, declarou Miguel Torres. Eduardo Annunciato (Chicão), presidente do Sindicato dos Eletricitários de S.Paulo, parabenizou Paulinho pela coragem de avançar nas negociações.
Já Cláudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos de SP, observou ser importante debater o tema e chamou Paulinho para explicar o que estava acontecendo aos dirigentes na entidade que ele preside.