Os cerca de 30 mil portuários vinculados, avulsos e terceirizados de todos os portos brasileiros farão greve, hoje 9 (sexta-feira,22), das 7 às 13 horas, contra a Medida Provisória 595-2012.
Na terça-feira (26), eles repetirão a dose, das 13 às 19 horas. Os dez mil trabalhadores do porto de Santos, no entanto, poderão paralisar as atividades por dois períodos seguidos, das 7 às 19 horas.
Os nove sindicatos de Santos estarão reunidos, na tarde desta sexta-feira (22) ou na manhã de segunda (25), para deliberar sobre essa possibilidade da greve de 12 horas.
Estarão paralisados os portos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Baia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Na quarta-feira (27), os sindicalistas voltarão a Brasília para acompanhar o início dos trabalhos da comissão mista de deputados e senador para analisar a MP.
Os sindicalistas conhecerão o calendário das três audiências públicas determinadas pela comissão, uma com os empresários, outra com os trabalhadores e outra com os gestores públicos.
O presidente do Sindicato dos Operários Portuários de Santos (Sintraport), Robson de Lima Apolinário, está entusiasmado com a mobilização da categoria em nível nacional.
“Apesar do governo ter acionado sua locomotiva para atropelar os trabalhadores, nem tudo está correndo como ele pretendia. Também temos nosso poder”, observa o sindicalista.
Robson diz que a ocupação do navio ‘Zhen Hua 10’ por 36 horas, no terminal da operadora Embraport no cais público da margem esquerda do porto organizado de Santos, repercutiu muito na Capital.
“Mostramos a disposição de luta pela garantia do mercado de trabalho e isso teve grande impacto em Brasília. Agora, com a greve nacional, isso ficará evidente”, pondera o presidente do Sintraport.