Power to the people é mais uma música manifesto do músico e ativista John Lennon, a exemplo de Give Peace a Chance, de 1969. Com uma cadência simples e marcante e uma frase, que faz as vezes do grito de guerra, repetida diversas vezes “power to the people”, ou “poder para o povo”, a música parece ter sido criada para ser cantada por uma multidão em passeata.
Ela fala em revolução e em “Um milhão de trabalhadores que trabalham para nada” (Por isso o poder para o povo deve ser tomado agora!).
Lançada em 1971, a música marca a fase mais política de Lennon e completa a ideia de Give Peace a Chance (Dê uma chance à paz). Ou seja, o ativista Lennon clama pela paz, mas a paz com poder para o povo trabalhador.
Os temas da paz e da justiça social explodiram, naquela época, nas históricas manifestações contra a Guerra do Vietnã, que se arrastava por anos como o pano de fundo mais sangrento da Guerra Fria.
Contra a guerra, a suplica pela paz. Contra as injustiças sociais de um capitalismo que se impunha à base de napalm, a luta pelo poder para os trabalhadores.
Filho de família operária, o brilhante sonhador Lennon teve a chance de ver o fim daquela guerra irracional, cinco anos antes de sua morte, em 8 de dezembro de 1980. Mas foi vitima de um mundo contra o qual lutava. Vítima da supremacia do poder e do estrelato em detrimento da vida, vítima de um mundo que faz de seus gênios, produtos de mercado.
Mark Chapman, seu assassino confesso, sempre deixou claro que era fã do artista. Em uma audiência em 2010, ele confessou que matou John Lennon para ganhar notoriedade.
Sua luta e sua arte, entretanto, seguiram e seguem em frente, após 40 anos de sua morte trágica, inspirando outros sonhadores, outros humanistas, outras pessoas que buscam a paz com poder para o povo trabalhador.
Power To The People
Poder às Pessoas (Tradução Abaixo)
(Composição: John Lennon/1971)
Intérprete: John Lennon
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
Say you want a revolution
We better get on right away
Well you get on your feet
And out on the street
Singing power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
A million workers working for nothing
You better give ‘em what they really own
We got to put you down
When we come into town
Singing power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
I gotta ask you comrades and brothers
How do you treat you own woman back home
She got to be herself
So she can free herself
Singing power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
Now, now, now, now
Oh well, power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
Yeah, power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
Poder Às Pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora
Diga que você quer uma revolução
É melhor começarmos bem agora
Bem você segue seus pés
E lá fora na rua
Cantando poder a às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora
Um milhão de trabalhadores que trabalham para nada
É melhor que você os dê o que eles realmente possuem
Nós temos que te derrubar
Quando nós entrarmos na cidade
Cantando poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora
Eu tenho que lhes perguntar, camaradas e irmãos
Como você trata sua própria mulher em casa
Ela tem que ser ela mesma,
Para que ela pode ser livre
Cantando poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas agora
Agora, agora, agora, agora
Oh bem, poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora
Sim, poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora
Fonte: Centro de Memória Sindical