“A luta dos trabalhadores brasileiros por maiores salários e melhores condições de vida e de trabalho passa, necessariamente, pela redução da jornada e pelo fim do fator previdenciário, bandeiras que constam da pauta trabalhista aprovada pelas centrais sindicais.
Na visão dos dirigentes da Força Sindical, o momento é ideal para que as companheiras e os companheiros saiam às ruas em busca de suas reivindicações. Embora em ritmo lento, há crescimento no nível do emprego e do Produto Interno Bruto (PIB).
Além disso, este governo, bem ou mal, por ser resultado da união de forças políticas comprometidas com a soberania do País, com a pauta do trabalho decente e com as lutas sociais, tenderá a atender aos nossos pleitos. Daí por que devemos pressionar o Congresso Nacional a votar a favor de nossas propostas.
Notícias recentes dão conta que interlocutores do governo federal estariam dispostos a apoiar a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial.
Na prática, a jornada média do trabalhador brasileiro vem caindo nos últimos anos, por causa da pressão dos empregados. Até outubro último, os 51,5 milhões de trabalhadores formais brasileiros cumpriram jornada de 40,4 horas por semana, em média.
Mas para a carga de trabalho menor produzir os efeitos desejados — a criação de empregos — teremos de impedir a realização de horas extras e moralizar os bancos de horas.
Também é hora de arregaçar as mangas para acabar com o fator previdenciário porque ele reduz o valor da aposentadoria do trabalhador que, tendo contribuído a vida inteira, perde até 40% do total de seu benefício no ato de sua aposentadoria”.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical