Indicadores do mercado preveem um novo aumento da taxa básica de juros nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), que acontecerão nos dias 2 e 3 de dezembro. Simultaneamente a este fato – altamente nocivo à classe trabalhadora –, as previsões também apontam para uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2014/2015.
O levantamento foi elaborado pelo Banco Central, por meio de pesquisa com mais de cem instituições financeiras no início deste mês, e dá origem ao relatório de mercado conhecido como Focus, divulgado no último dia 10. No final de agosto o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística) já havia informado que a economia brasileira havia sofrido uma retração de 0,6% no segundo trimestre deste ano, e que estaria, portanto, em “recessão técnica”, termo que caracteriza dois trimestres seguidos de PIB negativo.
A Força Sindical sempre questionou a postura do governo de persistir em sua política econômica equivocada, mantendo os juros em patamares estratosféricos, estrangulando a produção, inibindo o consumo, brecando a geração de postos de trabalho e deteriorando nossa já combalida economia. Nada em excesso faz bem, e o excesso de conservadorismo do governo só vai continuar trazendo malefícios e nos aprofundando, cada vez mais, em uma crise severa.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes