Movimento foi deflagrado poucas horas antes do início da reunião de cúpula dos países da UE
A Bélgica enfrentou ontem uma grande greve, deflagrada horas antes do encontro de cúpula da União Europeia. O transporte e outros serviços públicos foram paralisados por uma greve nacional, convocada pelos sindicatos em protesto contra as medidas de austeridade da UE.
É a primeira greve geral na Bélgica desde 2005, e a primeira desde 1993 lançada em conjunto pelas três principais centrais sindicais do país. Os sindicatos estão descontentes com os cortes nos gastos públicos de mais de 12 bilhões para este ano.
Os trabalhadores do setor ferroviário começaram a cruzar os braços na noite de domingo. Os serviços internacionais de alta velocidade Eurostar e Thalys e os trens intermunicipais belgas também pararam ontem. Não havia ônibus, trens e metrôs operando.
No aeroporto de Bruxelas, vários voos foram cancelados e outros estavam atrasados. O aeroporto Charleroi, no sul do país, onde geralmente vários voos de baixo custo são operados, foi fechado.
Os funcionários do serviço postal e os do porto da Antuérpia, um dos maiores da Europa, também cruzaram os braços.
A greve atingiu também o setor privado, com funcionários parando de trabalhar em uma fábrica da Coca-Cola nas proximidades da Antuérpia.
Segundo a imprensa local, os grevistas promoveram bloqueios e o tráfego foi impedido em algumas das principais rodovias do país.
O governo belga colocou à disposição uma via de acesso emergencial ao país para os líderes da União Europeia que foram para a reunião de cúpula através de um aeroporto militar nas imediações de Bruxelas. /AGÊNCIAS INTERNACIONAIS