Acentuada pelas reformas do governo, pelo congelamento de investimentos, pela falta de qualificação profissional e pela desindustrialização, a crise econômica no Brasil tem dificultado a recolocação de trabalhadores no mercado de trabalho.
Estudo da consultoria IDados, publicado no jornal O Globo desta segunda-feira (16/4), com base em pesquisa do IBGE, mostra que mais da metade (54%) dos desempregados e inativos em 2016 não voltaram ao mercado de trabalho até o fim de 2017, a maioria dos que conseguiram uma vaga foi na informalidade e um terço desistiu de procurar emprego.
Só não vê esta situação quem não quer ou não está preocupado com esta realidade e continua insistindo em reformas que vão aprofundar o quadro de excluídos e a desigualdade.
Acreditamos que este cenário pode ser revertido se o Brasil adotar um plano de desenvolvimento que permita a retomada do crescimento econômico, com investimentos na indústria, defesa das empresas e setores estratégicos, incentivo à qualificação e à requalificação profissional, geração de empregos formais de qualidade e garantia dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários da classe trabalhadora.
Temos certeza de que este conjunto de propostas trará mais segurança e esperança para a sociedade brasileira e irá gerar um novo ciclo virtuoso na economia, nos setores produtivos, no consumo e na plena empregabilidade. Iremos apresentar esta pauta da classe trabalhadora aos candidatos que vão disputar as eleições 2018, incluindo os presidenciáveis, e defender o voto popular em quem realmente estará aberto para acatar nossas reivindicações, com vontade política e preparo para tirar o Brasil da crise!
A Luta faz a Lei!
Miguel Torres
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), vice-presidente da Força Sindical e liderança do movimento Brasil Metalúrgico.