Reforma da Previdência não será mais discutida em agosto

Calendário de medidas provisórias na Câmara impede votação, diz governo.
Secretário diz que não há previsão sobre novo prazo de envio da proposta.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

O secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, admitiu nesta quarta-feira (25) que uma nova discussão sobre a reforma da Previdência Social no Congresso Nacional, que implicaria no fim do fator previdenciário, antes prevista para o mês de agosto, não tem mais prazo para acontecer. 

“Em função do calendário de medidas provisórias, não foi possível avançar no calendário com a Câmara. Não há previsão de quando vai ser isso. Foi iniciada discussão entre os Executivo e os líderes na Câmara. Há estudos técnicos envolvidos, mas não chegou a ser apresentada uma proposta para o governo. Também não se chegou a uma proposta interna [dentro do governo]”, declarou ele a jornalistas.

No início deste mês, o governo chegou a falar em uma substituição do fator previdenciário, instrumento que reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos, no caso de homens, ou 60, no caso das mulheres, pela fórmula 85/95, na qual a aposentadoria seria concedida quando a soma da idade e do tempo de contribuição totalizasse 85 anos para mulheres ou 95 anos para homens.

Seria adotada, porém, uma “fórmula móvel” (exigindo mais tempo de contribuição), na medida em que aumentar a expectativa de vida do brasileiro. Isso seria aplicado para quem já está no mercado de trabalho. Para novos trabalhadores, o governo diz que considera propor a idade mínima. De acordo com o Ministério da Previdência Social, somente alguns países do mundo, como Irã, Equador e Grécia, além do Brasil, não possuem idade mínima de aposentadoria.